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Cultura Lésbica – Séries – The Real L Word

Esta série é relativamente recente, já que o seu lançamento foi feito a 20 de Junho de 2010, tendo sido considerada a mais revolucionária de sempre, pois para além de ser uma série, ou de em termos de transmissão ser assim apresentada, na realidade é um reality show, que mostra a vida real de uma série de mulheres, todas elas com a mesma orientação sexual ou semelhante.

Depois do sucesso que a série The L Word teve ao longo de vários anos, a sua produtora executiva, Ilene Chaiken, recriou a série, mas desta vez com um formato de reality show, apesar do tema ser o mesmo e da base ser semelhante, agora esta série segue a vida real, contando o dia-a-dia de seis lésbicas de Los Angeles. Conta já com 3 temporadas, sendo que cada uma recebe participantes diferentes, mulheres reais, com vidas completamente normais e as suas profissões, que aceitam entrar no programa e contar tudo sobre as suas vidas pessoais.

Em cada uma das temporadas, são feitos castings de todas as que pretendem entrar na série, analisando a sua vida pessoal, emocional e profissional, se tiver algum interesse e se permitir dar mais história a todo o enredo. Aqui, ao contrário do que acontece com as outras séries, não há um guião para que elas se possam guiar, já que tudo ocorre naturalmente, apenas com a diferença de que estão algumas câmaras a acompanhar o dia-a-dia, para não perder pitada de todos os problemas emocionais e pessoais que todas vão sofrer.

A troca de namoradas, as traições, os problemas profissionais são apenas alguns dos exemplos do que vai ver nesta série, independentemente da temporada que está a ver, já que parece ser um clássico as mulheres trairem as suas namoradas assim que aparecem na televisão, mas há também os casais que duram imenso tempo e cada vez mais unidas. Um exemplo disso surge logo na primeira temporada, com um casal a tentar engravidar para começar a sua família juntas, passando por algumas fases menos boas e quase que as desmotiva, mas nada as abala e elas acabam mesmo por conseguir o seu objectivo, estando neste momento à espera do segundo filho, segundo notícias internacionais. Por outro lado, na primeira temporada também conhecemos Whitney e Sara, um casal que todos acreditam nunca ter futuro já que estão constante a traírem-se mutuamente, havendo até momentos de brigas em bares. Mas na realidade, já fora do reality show, elas continuam juntas e até já se casaram, mostrando que toda a pressão pode ter causado maior parte dos problemas.

Algumas destas mulheres acabam por passar de temporada para temporada, mas com uma presença mais leve, principalmente aquelas que mais história trouxeram para os seus fãs. Outras, as mais recentes, acabam por surgir e quase que inevitavelmente juntam-se na noite com as mais antigas, criando discussões e atritos que são muito comuns na comunidade lésbica, mas que acabam sempre por ter uma resolução.

Muitos fãs de L Word acham este reality show uma autêntica farsa, principalmente porque há sempre uma tendência para comparar personagens, havendo até algumas semelhanças, mas na realidade a fama e a popularidade desta está a chegar bem perto da sua originária, mesmo com as diferenças notadas por todos.

Cultura Lésbica – Filmes – Lost and Delirious (2001)

Este filme surgiu quando a sociedade estava ainda mais retrógrada no que diz respeito a aceitar estas produções mundiais, contudo devido à história envolvente e a toda a mensagem transmitida, foi bem aceite e até um grande sucesso nas salas de cinema de quase todo o mundo.

Tal como acontece com a maioria dos filmes com esta temática, é a mensagem e a história que mais destaque apresenta perante a sociedade, retratando problemas muito comuns que a maioria dos casais tem que ultrapassar para conseguir ser realmente feliz. Assim, com uma mensagem muito forte, o Lost And Delirious, com 2001 a ser o seu ano de estreia, tornou-se numa referência para todos os casais homossexuais, principalmente para aqueles que se identificam com os problemas que as personagens tiveram que ultrapassar.

Sinopse

Neste filme, os sentimentos e as ligações são extremas e intensas, por isso a mensagem que transmite é igualmente importante e para muitos membros da sociedade, que estão fora da comunidade lésbica, é demasiado para estar nas salas de cinema.

O filme retrata a história de três adolescentes, que descobrem o amor e o sexo, desde de vários tipos de experiências que têm que passar, sendo que os sentimentos que todas elas sentem são expostos de forma intensa e bem definida.

A história começa com Mary Bradford, ou como é chamada Mouse, a ser levada para um internado só de medidas, o que leva a que esta comece a rever todas as suas crenças, valores e a descobrir exactamente o que é. É recebida pela directora da escola, mas a sua integração no espaço e com as novas colegas é da responsabilidade de Tory. Tory é um exemplo de filha que qualquer família deseja, generosa, estudiosa, bonita e com um futuro promissor à sua volta, mesmo sendo filha de pais ricos e extremamente conservadores. Este é uma das colegas de quarto de Mouse, assim como Pauline.

Nos primeiros dias de aulas, completamente desamparada, Mouse conhece o jardineiro da escola, Joe, que se revela um fantástico confidente que a acompanha em todo o processo de adaptação. A integração está a correr muito bem a esta torna-se muito íntima de algumas das meninas, principalmente as suas companheiras de quarto.

Com o passar dos dias e com a convivência, Mouse percebe que há algo de diferente no relacionamento das suas companheiras de quarto, elas estão sempre juntas e passam a vida a acariciar-se, sendo que rápido ela percebeu que estavam juntas e mantinham um relacionamento em segredo. Num momento, ambas são surpreendidas pela irmã mais noa de Tory e começou o conflito interno desta, com medo que os seus pais descubram tudo, decide acabar o romance e seguir com a sua vida. Pauline está demasiado envolvida e quase até obcecada, por isso este afastamento torna-se insuportável para ela, decidindo nesse momento que fará tudo o que estiver ao seu alcance, ultrapassando até alguns dos seus próprios limites, para a reconquistar e ficar com a sua amada.

Esta é uma história muito comum, na sociedade de hoje em dia, mulheres que se apaixonam, vivem um romance baseado na mentira e escondidas de tudo e todos, ficando com medo do momento em que tiverem que enfrentar família e amigos, decidindo na maior parte das vezes, acabar com o relacionamento com receio do que poderia acontecer se todos soubessem.

Cultura Lésbica – Filmes – I Can’t Think Straight (2008)

Cultura Lésbica – Filmes – I Can’t Think Straight

Os filmes, onde o tema principal é a vida lésbica ou as dificuldades que estas ultrapassam para viver o seu amor, estão cada vez mais na moda, sendo que antes não chegavam sequer aos grandes ecrãs, hoje em dia são autênticos sucessos de bilheteiras e arrastam multidões de fãs.

Uma característica que tem feito um enorme sucesso junto de toda a comunidade é o facto dos realizadores chamarem actrizes extremamente famosas, muito bonitas e que dão ainda mais vida às personagens escolhidas. Alguns filmes têm histórias bem mais reais do que outros, enquanto que uns retratam problemas que a sociedade está habituada a ver, principalmente quando se refere a traições e dúvidas, outros retratas os problemas que os casais, homossexuais, têm que ultrapassar perante a sociedade.

No caso deste filme em específico, a história centra-se na vida de uma mulher que estava prestes a casar-se, com um homem, quando acaba por conhecer uma outra mulher, muito interessante, apaixonando-se por completo por ela e abdicando de toda a vida que estaria prestes a começar.

Sinopse

Neste filme, realizado por Shamim Sarif, é relatada a história de duas mulher de origens completamente diferentes, onde uma delas está prestes a casar e acaba por abdicar de tudo e entregar-se ao amor de outra mulher. Tala, personagens interpretada por Lisa Ray, é uma jordana que se encontra em Londres a fazer a sua vida, é uma cristã que está a meio do planeamento do seu casamento com o seu noivo da mesma origem, mas a vida dela já tinha dado muitas voltas, pois já tinha deixado outros três noivos no altar.

Por seu lado, Leyla, personagem interpretada por Sheetal Sheth, é uma muçulmana extremamente tímida, amiga do melhor amigo da noiva. Estas acabam por se conhecer num encontro de amigos, falando inicialmente de uma forma muito tímida, mas o sentimento que as une vai acabar por crescer a cada minuto que passa.

Mais tarde, as duas revelam os sentimentos que nutrem uma pela outra, enquanto estão uns dias em Oxford, percebendo imediatamente que se tinham apaixonado uma pela outra e que a vida das duas teria que sofrer grandes alterações para que tudo corresse como desejavam no momento. Porém, Tala é completamente incapaz de revelar os seus sentimentos e a confusão que vai na sua cabeça à família, voltando para a Jordânia para seguir o seu plano inicial de se casar. Por outro lado, Leyla que está completamente de rastos, volta a Londres e decide revelar à sua família a sua orientação sexual, sendo completamente honesta com eles.

Mas percebendo o amor que une as duas mulheres, as suas irmãos, decidem que a sua próxima missão é voltar a unir as duas, porém para que tudo corra da melhor forma, estas apenas aceitam o relacionamento entre elas se forem completamente verdadeiras com elas e com as suas famílias. Assim, depois de perceberem que Tala não se casou, Leyla impõe a condição de esta contar tudo a seus pais para que possam ficar juntas.