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Cultura Lésbica – Séries – The L Word

Quando se fala em séries televisivas com a temáticas lésbica no centro das atenções, não há ninguém que duvide que a mais importante, mais reveladora e mais popular, é a série The L Word. Esteve durante anos no centro das atenções de toda a comunidade, sendo que infelizmente ao fim de 6 temporadas deixou de ser produzida e ficou um vazio enorme nos milhares de fãs que a acompanhavam diariamente, assim como ás várias personagens que a compunham.

Cada personagem desta série vai crescendo ao longo que as temporadas vão passando, mas há sempre novidades, com a saída de algumas delas e a entrada de novas, para dar ainda mais emoção a toda a trama na história final. Algumas destas personagens ficaram tão marcadas na memória dos fãs que ainda hoje, anos após a série ter terminado, se lembram das características principais delas e esperam sempre o seu aparecimento numa nova série, mesmo que seja de outra temática.

A história começa com a chegada de Jenny Schecter, uma jovem talentosa escritora de ficção, que após terminar a Universidade de Chicago vem para junto do seu namorado Tim, que por si só já se encontra no meio de um grupo de amigas muito especial. Tim mora ao lado do casal mais emblemático de toda a série, Bette e Tina, duas bem-sucedidas profissionais que estão juntas à 7 anos, sendo que apenas agora estão a pensar em iniciar uma família, com a gravidez ou a adopção de uma criança para preencher as suas vidas. Ao longo de toda a série passam por várias fases de afastamento e união, havendo traições e processos de divórcio pelo meio, mas no final acabam juntas e bastante felizes.

No mesmo grupo de amigas está Shane, talvez a personagem principal de toda a série, uma cabeleireira que tem como principal hobbie a fotografia. Muitas parte da história de toda a série centram-se nesta personagem, principalmente porque a sua fama de conquistadora vai para lá da imaginação, pois esta mantém uma grande dificuldade em prender-se a alguém e com isso vai aproveitando as noites para conhecer novas mulheres e envolver-se fugazmente com todas as que se atravessam à sua frente. Até conhecer aquela que lhe dá a volta à cabeça, Carmen, uma Dj que além de bonita tem uma personalidade bem vincada, conseguindo levar Shane até ao altar, mas nos últimos minutos esta desiste e destrói por completo o coração de Carmen.

Dana é uma jogadora de ténis profissional que ainda não saiu do armário, tendo assim uma grande dificuldade de se relacionar com mulheres com receio do que os seus fãs e família possam sentir. A sua melhor amiga, Alice, é uma bissexual que sofre por amor durante toda a série, mas é no famoso Chart que vê o seu maior sucesso profissional. As duas acabam por se relacionar e são o amor uma da outra, porém infelizmente Dana acaba por morrer de cancro na mamã e Alice sofre durante vários episódios, de coração completamente partido.

Estas são as personagens principais e as histórias mais importantes de toda a série, mas há muito mais personagens e histórias paralelas, não fosse esta série ter estado nas televisões internacionais durante longos anos. No final, depois de muita emoção e relacionamentos entre as personagens, todas acabam bem e repletas de amor à sua volta, apenas Shane regressa ao seu natural habitat, sem estar presa e aproveitando cada mulher que passa na sua vida.

Cultura Lésbica – Séries – The Real L Word

Esta série é relativamente recente, já que o seu lançamento foi feito a 20 de Junho de 2010, tendo sido considerada a mais revolucionária de sempre, pois para além de ser uma série, ou de em termos de transmissão ser assim apresentada, na realidade é um reality show, que mostra a vida real de uma série de mulheres, todas elas com a mesma orientação sexual ou semelhante.

Depois do sucesso que a série The L Word teve ao longo de vários anos, a sua produtora executiva, Ilene Chaiken, recriou a série, mas desta vez com um formato de reality show, apesar do tema ser o mesmo e da base ser semelhante, agora esta série segue a vida real, contando o dia-a-dia de seis lésbicas de Los Angeles. Conta já com 3 temporadas, sendo que cada uma recebe participantes diferentes, mulheres reais, com vidas completamente normais e as suas profissões, que aceitam entrar no programa e contar tudo sobre as suas vidas pessoais.

Em cada uma das temporadas, são feitos castings de todas as que pretendem entrar na série, analisando a sua vida pessoal, emocional e profissional, se tiver algum interesse e se permitir dar mais história a todo o enredo. Aqui, ao contrário do que acontece com as outras séries, não há um guião para que elas se possam guiar, já que tudo ocorre naturalmente, apenas com a diferença de que estão algumas câmaras a acompanhar o dia-a-dia, para não perder pitada de todos os problemas emocionais e pessoais que todas vão sofrer.

A troca de namoradas, as traições, os problemas profissionais são apenas alguns dos exemplos do que vai ver nesta série, independentemente da temporada que está a ver, já que parece ser um clássico as mulheres trairem as suas namoradas assim que aparecem na televisão, mas há também os casais que duram imenso tempo e cada vez mais unidas. Um exemplo disso surge logo na primeira temporada, com um casal a tentar engravidar para começar a sua família juntas, passando por algumas fases menos boas e quase que as desmotiva, mas nada as abala e elas acabam mesmo por conseguir o seu objectivo, estando neste momento à espera do segundo filho, segundo notícias internacionais. Por outro lado, na primeira temporada também conhecemos Whitney e Sara, um casal que todos acreditam nunca ter futuro já que estão constante a traírem-se mutuamente, havendo até momentos de brigas em bares. Mas na realidade, já fora do reality show, elas continuam juntas e até já se casaram, mostrando que toda a pressão pode ter causado maior parte dos problemas.

Algumas destas mulheres acabam por passar de temporada para temporada, mas com uma presença mais leve, principalmente aquelas que mais história trouxeram para os seus fãs. Outras, as mais recentes, acabam por surgir e quase que inevitavelmente juntam-se na noite com as mais antigas, criando discussões e atritos que são muito comuns na comunidade lésbica, mas que acabam sempre por ter uma resolução.

Muitos fãs de L Word acham este reality show uma autêntica farsa, principalmente porque há sempre uma tendência para comparar personagens, havendo até algumas semelhanças, mas na realidade a fama e a popularidade desta está a chegar bem perto da sua originária, mesmo com as diferenças notadas por todos.

Cultura Lésbica – Filmes – Lost and Delirious (2001)

Este filme surgiu quando a sociedade estava ainda mais retrógrada no que diz respeito a aceitar estas produções mundiais, contudo devido à história envolvente e a toda a mensagem transmitida, foi bem aceite e até um grande sucesso nas salas de cinema de quase todo o mundo.

Tal como acontece com a maioria dos filmes com esta temática, é a mensagem e a história que mais destaque apresenta perante a sociedade, retratando problemas muito comuns que a maioria dos casais tem que ultrapassar para conseguir ser realmente feliz. Assim, com uma mensagem muito forte, o Lost And Delirious, com 2001 a ser o seu ano de estreia, tornou-se numa referência para todos os casais homossexuais, principalmente para aqueles que se identificam com os problemas que as personagens tiveram que ultrapassar.

Sinopse

Neste filme, os sentimentos e as ligações são extremas e intensas, por isso a mensagem que transmite é igualmente importante e para muitos membros da sociedade, que estão fora da comunidade lésbica, é demasiado para estar nas salas de cinema.

O filme retrata a história de três adolescentes, que descobrem o amor e o sexo, desde de vários tipos de experiências que têm que passar, sendo que os sentimentos que todas elas sentem são expostos de forma intensa e bem definida.

A história começa com Mary Bradford, ou como é chamada Mouse, a ser levada para um internado só de medidas, o que leva a que esta comece a rever todas as suas crenças, valores e a descobrir exactamente o que é. É recebida pela directora da escola, mas a sua integração no espaço e com as novas colegas é da responsabilidade de Tory. Tory é um exemplo de filha que qualquer família deseja, generosa, estudiosa, bonita e com um futuro promissor à sua volta, mesmo sendo filha de pais ricos e extremamente conservadores. Este é uma das colegas de quarto de Mouse, assim como Pauline.

Nos primeiros dias de aulas, completamente desamparada, Mouse conhece o jardineiro da escola, Joe, que se revela um fantástico confidente que a acompanha em todo o processo de adaptação. A integração está a correr muito bem a esta torna-se muito íntima de algumas das meninas, principalmente as suas companheiras de quarto.

Com o passar dos dias e com a convivência, Mouse percebe que há algo de diferente no relacionamento das suas companheiras de quarto, elas estão sempre juntas e passam a vida a acariciar-se, sendo que rápido ela percebeu que estavam juntas e mantinham um relacionamento em segredo. Num momento, ambas são surpreendidas pela irmã mais noa de Tory e começou o conflito interno desta, com medo que os seus pais descubram tudo, decide acabar o romance e seguir com a sua vida. Pauline está demasiado envolvida e quase até obcecada, por isso este afastamento torna-se insuportável para ela, decidindo nesse momento que fará tudo o que estiver ao seu alcance, ultrapassando até alguns dos seus próprios limites, para a reconquistar e ficar com a sua amada.

Esta é uma história muito comum, na sociedade de hoje em dia, mulheres que se apaixonam, vivem um romance baseado na mentira e escondidas de tudo e todos, ficando com medo do momento em que tiverem que enfrentar família e amigos, decidindo na maior parte das vezes, acabar com o relacionamento com receio do que poderia acontecer se todos soubessem.

Cultura Lésbica – Séries – Lip Service

Lip Service

Depois da mais popular série de lésbicas que a sociedade conheceu, The L Word, a Lip Service veio tentar colmatar uma falha após a finalização da primeira. É mais uma produção escocesa, tratando de relações homossexuais do universo feminino, criada por Harriet Braun, apresenta uma história em muito semelhante à comunidade e a todas as pertencentes a esta.

A série é baseada nas experiências da autora e de suas amigas, retratando até pormenores que algumas delas desejavam nunca ver relevados, tendo como principal objectivo mostrar a toda a sociedade que a vida lésbica é mais comum do que algumas pessoas acreditam, mostrando os diferentes aspectos da intimidade homossexual de jovens e bonitas mulheres, cada uma delas com uma história de vida que as vai moldar ao longo da trama.

A personagem principal é Frankie, papel interpretado pela actriz Ruta Gedmintas, uma irreverente fotógrafa que tem um grave problema em relação aos relacionamentos. É órfã desde criança, tendo sido criada pelos seus tios que sempre a trataram como uma mulher diferente do normal, volta à cidade de Glasgow para o funeral da sua tia Carol, após 2 anos a viver em Nova York. É aparentemente bem sucedida, mas o seu lado emocional é uma autêntica montanha russa, já que esta sendo bissexual usa os homens apenas para o sexo, já que é com mulheres que se sente confortável e com quem mantém relações amorosas, mesmo que rápidas.

O regresso da fotógrafa perturba bastante Cat, uma arquitecta que geralmente mantém os seus relacionamentos sobre controlo. Esta tem a tendência para reparar nos mínimos pormenores do comportamento das pessoas, sendo uma das características que mais apaixona Sam, uma detective da polícia, que Cat conhece num encontro marcado por amigos. Sam é extremamente honesta com todos, causando até algum tipo de desconforto com as pessoas com quem se dá, porém ela espera receber o mesmo da parte das outras pessoas, mas Cat tem um grande problema em criar novas amizades.

O grupo de amigos de Cat é composto por Ed, Tess e Jay, sendo que Ed é seu irmão, um aspirante a escritor que neste momento faz qualquer tipo de trabalho para ganhar dinheiro, porém a sua vida amorosa é um autêntico desastre, já que é apaixonado por Tess há imenso tempo, sem nunca ter demonstrado tal sentimento. Por sua vez, Tess é uma actriz em início de carreira, completamente sarcástica e auto-depreciativa, que tem a tendência para ter relacionamentos com as mulheres erradas, chegando mesmo a sofrer bastante com essas relações.

Jay é um mulherengo assumido, mantendo amizade com Cat e Frankie, apesar da separação das duas. Com o regresso de Frankie o seu controlo para não trair a namorada Becky vai por água abaixo, após algumas saídas e muitas bebidas à mistura, regressando os velhos hábitos.

Por último, Lou Foster é uma apresentadora de televisão, com um humor completamente instável, tanto apresenta posturas super honestas e meigas, como mais tarde se apresenta completamente irracional e egoísta. Mas na verdade recebe facilmente a atenção dos homens, quando na realidade os seus desejos por mulheres são mais fortes, apesar desta não gostar dessa sua faceta, até conhecer Tess, quando os seus sentimentos começam a dominar por completo toda a sua vida.